Iniciação Cientifica Júnior: desafios à materialização de um circulo virtuoso
Resumo
Este artigo tem por finalidade analisar a trajetoria da institucionalização da Iniciação Cientifica e da Iniciação Cientifica Júnior no pais e, particularmente, na Universidade Federal de Santa Catarina. Para isso, metodologicamente, realizamos a analise documental de leis, indicadores e relatorios do CNPq e da UFSC. As razoes para a politica de aproximação entre a Educação Superior e a Educação Basica estao na melhoria dos niveis de permanencia e no sucesso dos estudantes; no desenvolvimento do gosto pela ciencia. Na Instituicao onde foi realizada a pesquisa a nao utilização de todas as bolsas do Programa Institucional de Iniciação Cientifica do Ensino Medio, como parte desta modalidade de Iniciação Cientifica, aponta a tendencia de refluxo do Programa.
Palavras-chave
Referências
AMÂNCIO, A. M.; MENDONCA, J. V. de; CAZAR, R. M. Ciencia, educacao e ensino de segundo grau: realidades e desafios. In: ESCOLA POLITECNICA DE SAUDE JOAQUIM VENÂNCIO (Org.). Formacao de pessoal de nivel medio para a saúde: desafios e perspectivas. Rio de Janeiro: Fiocruz, 1996. p. 175-184.
ANTUNES, R. Os sentidos do trabalho: ensaio sobre a afrimacao e negacao do trabalho. Sao Paulo: Boitempo, 2003.
ARAUJO, E. A politica de tempos: elementos para uma abordagem sociologica. Revista de Ciencias Sociais – Politica e Trabalho, Recife, v. 34, p. 19-40, 2011
_____; OLIVEIRA, A. Contornos da pesquisa/escrita/autoria e da orientacao de mestrandos e doutorandos no contexto academico atual. In: _____; _____; BIANCHETTI, L. (Org.). Formacao do investigador: Reflexoes em torno da escrita/pesquisa/autoria e orientacao. 1. ed. Braga, Portugal: CECS/UMINHO/CED/UFSC, PT, 2014. v. 1. p. 94-110. Disponivel em: . Acesso em: 11 mar. 2016.
AUTOR, 2009.
BONELLI, M. da G. Os desafios que a juventude e o genero colocam para as profissoes e o conhecimento cientifico. In: FERREIRA, C. A.; at al (Org.). Juventude e iniciacao cientifica: politicas públicas para o ensino medio. Rio de Janeiro: EPSJV, UFRJ, 2010. p. 107-120.
CAPES. Resultados da Avaliacao da CAPES revelam que pos-graduacao teve crescimento de 23% no trienio. Dezembro de 2013. Disponivel em: . Acesso em: 11 mar. 2016.
_____. Programa Jovens Talento para Ciencia. Edital n. 26/2014. Disponivel em: . Acesso em: 14 mar. 2016.
CNPq. Resolucao normativa 017 de 2006. Diario Oficial da Uniao, Brasilia, DF, 13 jul. 2016. Disponivel em: . Acesso em: 11 mar. 2016.
_____. Programa Institucional de Bolsas de Iniciacao Cientifica para o Ensino Medio – PIBIC EM [2010]. Disponivel em: . Acesso em: 11 mar. 2016.
_____. Programa de Iniciacao Cientifica da Olimpiada Brasileira de Matematica das Escolas Públicas – PIC-OBMEP. [2010?]. Disponivel em: . Acesso em: 14 mar. 2015.
_____. Programas Institucionais de Iniciacao Cientifica e Tecnologica. [2011?]. Disponivel em: . Acesso em: 11 mar. de 2016.
COSTA, A. O processo de formacao de pesquisadores: analise do programa de iniciacao cientifica da Universidade Federal de Santa Catarina no periodo de 1990 a 2012. 2013. 204 f. Dissertacao (Mestrado em Ciencia da Informacao) – Centro de Ciencias da Educacao, Programa de Pos-Graduacao em Ciencia da Informacao, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianopolis, 2013.
CURY, C. R. J. Graduacao/pos-graduacao: a busca de uma relacao virtuosa. Educacao & Sociedade. Campinas: cedes, v. 25, n. 88, p. 777-794, out. 2004. Edicao Especial.
DALE, R. Globalizacao e educacao: demonstrando a existencia de uma “cultura educacional mundial comum” ou localizando uma “agenda globalmente estruturada para a educacao”? Educacao, Sociedade & Culturas. Porto, UP/FPCE/CIIE, n. 16, p. 133-169, 2001.
DEMO, P. Pesquisa: Principio cientifico e educativo. Sao Paulo: Cortez, 1990.
_____. Educar pela pesquisa. 2 ed. Campinas: Editores Associados, 1997.
_____. Metodologia do conhecimento cientifico. Sao Paulo: Atlas, 2000.
_____. Metodologia para quem quer aprender. Sao Paulo: Atlas, 2008.
_____. Professor e Pesquisa. Pesquisa: fundamento docente e discente. 2009. Disponivel em: . Acesso em: 11 mar. 2016.
EPSJV/FIOCRUZ. Programa de Vocacao Cientifica – PROVOC. [2007?] Disponivel em: . Acesso em: 11 mar. 2016.
FERREIRA, C. A. O programa de vocacao cientifica da fundacao Osvaldo Cruz: fundamentos, compromissos e desafios. In: _____; et al (Orgs.). Juventude e iniciacao cientifica: politicas públicas para o ensino medio. Rio de Janeiro: EPSJV, UFRJ, 2010, p. 27-51.
GIDDENS, A. As consequencias da modernidade. Sao Paulo: Editora UNESP, 1991.
GUIMARAES, J. A. CNPq: Historia exemplar e muitos desafios. Revista Ciencia Hoje. Rio de Janeiro, v. 29, n. 173, jul. 2001.
IBGE. Sintese dos indicadores sociais: uma analise das condicoes de vida da populacao brasileira – 2014. Rio de Janeiro: IBGE, 2014.
JACOBY, R. O fim da utopia: politica e cultura na era da apatia. Rio de Janeiro: Record, 2001.
MACCARIELLO, M. do C. M. M.; NOVICKI, V.; CASTRO, E. M. N. V. de C. Articulacao teoria/pratica: uma acao formadora. In: CALAZANS, M. J. (Org.). Iniciacao cientifica: construindo o pensamento critico. Sao Paulo: Cortez, 2002, p. 79-115.
MACHADO, R. de C. P. Os Investimentos em Ciencia e Tecnologia no Brasil. Dissertacao de Mestrado. 1999. (Dissertacao de Mestrado) – Programa de Pos-graduacao em Quimica, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1999.
MARCUSCHI, L. A. Avaliacao do Programa Institucional de Bolsas de Iniciacao Cientifica (PIBIC) do CNPq e Propostas de Acao. Recife: URPE, 1996.
MORAES, M. C. M. Recuo da teoria. In: _____ (Org.) Iluminismo às avessas: producao do conhecimento e politicas de acao docente. Rio de Janeiro: DP&A Editora/CNPq, 2003. p. 161-183.
_____. Avaliacao na pos-graduacao brasileira: novos paradigmas, antigas controversias. In: BIANCHETTI, L.; MACHADO, A. M. N. (Orgs.). A bússola do escrever. Desafios e estrategias na orientacao e escrita de teses e dissertacoes. 3 ed. Sao Paulo: Cortez, 2012.
MORGADO, J. C. Processo de Bolonha e Ensino Superior num mundo globalizado. Educacao e Sociedade, Campinas, v. 30, n. 106, p. 37-72, jan./abr., 2009.
NERAD, M.; HEGGELUND, M. (Editors). Toward a Global PhD? Forces & Forms in Doctoral Education Worldwide. Seattle and London: University of Washington Press, 2008.
AUTOR, 2003.
PARASKEVA, J.M. et al (Org.). Capitalismo Academico. Mangualde, PT: Edicoes Pedago, 2009.
PERSEU ABRAMO. Acesso ao ensino superior no Brasil: a contribuicao do Governo Federal no periodo recente. Sao Paulo: Fundacao Perseu Abramo/PT, 2014.
PIRES, R. C. M. A formacao inicial do professor pesquisador universitario no Programa Institucional de Bolsas de Iniciacao Cientifica – PIBIC/CNPq e a pratica profissional de seus egressos: Um estudo de caso na Universidade do Estado da Bahia. 2008. 356f. Tese (Doutorado em Educacao) – Programa de Pos-Graduacao em Educacao, Faculdade de Educacao, UFRGS, Porto Alegre, 2008. Disponivel em . Acesso em: 11 mar. 2016.
RHOADES, G; SLAUGHTER, S. Academic capitalism in the new economy: challenges and choices. 2004. Disponivel em: < http://firgoa.usc.es/drupal/files/Rhoades.qxp.pdf>. Acesso em: 11 de marco 2016.
SANTOS, J. K. R. dos. A oportunidade de aprender sobre pesquisa na iniciacao cientifica júnior de um bolsista no clube de ciencias da UFPA. 2011. 171 f. Dissertacao (Mestrado em Educacao em Ciencia e Matematicas) – Instituto de Educacao Matematica e Cientifica, Universidade Federal do Para, Belem, 2011.
SANTOS, S. A. dos. Mudancas na graduacao na universidade pública: a nova pratica da iniciacao cientifica. 2013. 126 f. Tese (Doutorado em Educacao) – Centro de Educacao e Ciencias Humanas, Universidade Federal de Sao Carlos, Sao Carlos, 2013.
SAVIANI, D. Historia das ideias pedagogicas no Brasil. 4 ed. Campinas: Autores Associados, 2014.
SGUISSARDI, V. Regulacao estatal e desafios da expansao mercantil da educacao superior. Educacao e Sociedade, Campinas. v. 34, n. 124, p. 943-960, jul/set. 2013.
SILVA, E. L. da. A universidade e o ensino da pesquisa: o caso do PIBIC da UFSC. Florianopolis, 2012. 146 f. Dissertacao (Mestrado em Educacao) – Centro de Ciencias da Educacao, Programa de Pos-Graduacao em Educacao, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianopolis, 2012.
THOMPSON, E. P. Tempo, disciplina de trabalho e capitalismo industrial. In.: _____. Costumes em comum. Sao Paulo: Editora Schwarcz, 1998, p. 267 – 304.
IES/PROPESQ. Programa Bolsista Voluntario IC. Florianopolis: PROPESQ, 2010. Disponivel em: Acesso em: 11 mar. 2016.
_____. Relatorio de Atividades 2014. Florianopolis: PROPESQ, 2015. Acesso em: . Disponivel em: 11 mar. 2016.
YAMAMOTO, M. E.; FERNANDES Jr, V. J. Bases de pesquisa: a experiencia da UFRN no fomento institucional da pesquisa. In: CALAZANS, M. J. (Org.). Iniciacao cientifica: construindo o pensamento critico. Sao Paulo: Cortez, 2002.p. 117-127.
WARDE, M. J. Sobre orientar pesquisa em tempos de pesquisa administrada. In: BIANCHETTI, L.; MACHADO, A. M. N. (Orgs.). A bússola do escrever: desafios e estrategias na orientacao de teses e dissertacoes. 3 ed. Sao Paulo: Cortez, 2012.
WEBER, S. Educacao, ciencia e desenvolvimento social. In: BIANCHETTI, L.; MEKSENAS, P. (Orgs.). A trama do conhecimento. Teoria, metodo e escrita em ciencias e pesquisa. 2 ed. Campinas: Papirus, 2011.
ZAGO, N. Do acesso à permanencia no ensino superior: percursos de estudantes universitarios de camadas populares. Revista Brasileira de Educacao, Rio de Janeiro, v. 11, n. 32, 2006, p. 226-370.
DOI: http://dx.doi.org/10.1590/s0104-40362018002600952
Apontamentos
- Não há apontamentos.
Direitos autorais 2018 Revista Ensaio: Avaliação e Politicas Públicas em Educação
Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.
Programa de Apoio às Publicacoes Cientificas (AED) do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e tecnologico (CNPq), Ministerio da Educação (MEC), Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes)
Revista chancelada pela Unesco. Revista parceira da Associação Brasileira de Avaliação Educacional (ABAVE)