Diretores escolares em meio à pandemia de Covid-19: avaliação da exclusão digital no nordeste brasileiro

Lia Machado Fiuza Fialho, Cristine Brandenburg, Vanusa Nascimento Sabino Neves, Hugo Heredia Ponce

Resumo


Objetivou-se compreender a avaliação, na perspectiva dos gestores de escolas públicas, acerca das principais querelas do ensino remoto emergencial sobre o processo ensino-aprendizagem com a suspensão das aulas presenciais devido à pandemia da Covid-19. Procedeu-se a uma pesquisa qualitativa e exploratória, que considerou as respostas ofertadas por 172 diretores de escolas municipais e estaduais de Fortaleza, Ceará, Brasil. A recolha de dados ocorreu mediante um formulário on-line construído no Google Forms. O software Iramuteq apoiou a análise de conteúdo dos dados procedida conforme Bardin (2016). Da classificação hierárquica, emergiram seis classes e formularam-se cinco categorias de análise: 1) professores ante o ensino remoto emergencial; 2) vínculo aluno, família e escola; 3) repercussões no processo ensino-aprendizagem; 4) atitudes desejadas dos alunos; e 5) medidas para a efetividade do ensino remoto. O principal benefício do ensino remoto emergencial foi evitar o contágio viral; com efeito, para a efetividade do processo ensino-aprendizagem por meio remoto, várias contradições requisitam superação, dentre elas a exclusão digital e a ausência de formação para o trabalho mediado com as tecnologias digitais da informação e comunicação.

Palavras-chave


Educação básica; Ensino remoto; Escolas públicas; Isolamento social; Tecnologias digitais.

Texto completo:

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