Instrumento de avaliação de doces finos: processo de construção e validação

Paulo Roberto de Sales, Ligia Gomes Elliot

Resumo


O estudo focalizou a construção e a validação de um instrumento para a avaliação de doces finos, destacadamente vendidos em lojas que comercializam o doce brigadeiro, sob a perspectiva do consumidor. Para a consecução do objetivo, o estudo abordou a história do brigadeiro, como um produto singular e de aceitação nacional no padrão de doce gourmet. Examinou, também, a legislação que rege este alimento e reuniu exemplos de testes realizados com doces similares. Adotou procedimentos metodológicos que orientaram o processo de elaboração de um questionário direcionado à identificação das perspectivas do consumidor, dos questionamentos a serem aplicados e dos demais aspetos julgados cruciais em um instrumento de avaliação de doces finos. Mediante a coleta e o tratamento de informações, foram obtidos como principais resultados a identificação das preferências e perspectivas dos consumidores e adicionalmente as possibilidades de melhoria do desempenho na comercialização do doce brigadeiro de alto padrão de qualidade. Tais resultados indicam que o instrumento possui validade para atender ao objetivo do estudo. As sugestões dadas pelos respondentes foram incorporadas à versão final do instrumento, que poderá ser utilizado por outros empreendedores.

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DOI: http://dx.doi.org/10.22347/2175-2753v0i0.4637



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Principios Norteadores para o Avaliador

Guiding Principles for Evaluators American Evaluation Association (AEA)

Com o proposito de guiar o trabalho dos profissionais de avaliação e assegurar a etica de sua atuacao, a American Evaluation Association (AEA) - Associacao Profissional de Avaliadores - estabeleceu cinco principios norteadores aqui resumidos:

1.  Indagacao Sistematica, no que se refere à capacidade de coletar dados utilizando tecnicas apropriadas e comunicando metodos e abordagens com a devida transparencia para permitir acesso e critica.

2.  Competencia, no que se refere a demonstrar atuacao competente perante os envolvidos no processo avaliativo e desenvolver continuamente sua capacidade para alcancar o mais alto nivel de desempenho possivel.

3.  Integridade/Honestidade, no que se refere a assegurar honestidade e integridade ao longo de todo o processo avaliativo, negociando com os envolvidos e interessados na avaliação e buscando esclarecer e orientar procedimentos que venham provocar distorcoes ou indevidas utilizacoes.

4.  Respeito pelas pessoas, no que se refere ao respeito pela seguranca, dignidade e auto-valorizacao dos envolvidos no processo avaliativo, atuando sempre com etica profissional, evitando riscos e prejuizos que possam afetar os participantes para assegurar, o melhor possivel, o respeito às diferencas e o direito social de retorno dos resultados, aos envolvidos.

5.  Responsabilidade pelo bem estar geral e público, no que se refere a levar em consideracao a diversidade de interesses e valores que possam estar relacionados ao público em geral,buscando responder nao somente às expectativas mais imediatas, mas tambem às implicacoes e repercussoes mais amplas e, nesse sentido, disseminar a informacao sempre que necessario.

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