Trajetória de uma Turma em Educação Profissional, Curso Pós-Médio: um estudo avaliativo

Celma Thomaz de Azeredo Silva, Ligia Gomes Elliot

Resumo


Trata-se de um estudo que teve por objetivo avaliar a trajetória do alunado aprovado e classificado, no ano de 2005 para uma instituição de ensino público federal, no Rio de Janeiro, no curso técnico, Pós-médio de Química. O curso é oferecido na forma concomitante para quem ainda cursasse o Ensino Médio ou na forma subsequente para os que apresentassem a terminalidade de Ensino Médio. A motivação deste estudo nasceu do trabalho realizado pela autora, como exercício de sua prática pedagógica e buscou o entendimento dos envolvidos para direcionar possíveis modificações e melhor aproveitamento dos recursos. O estudo se caracterizou como uma avaliação somativa a posteriori ao utilizar os documentos de acompanhamento pedagógico dos alunos, existentes na instituição, para identificar pela análise dos dados e informações as dificuldades da continuação, os desafios vencidos e as conquistas verificadas pelo desempenho obtido nos componentes curriculares e pela realização do seminário do estágio. Da efetivação da matrícula de 39 alunos no primeiro semestre de 2005 até a conclusão dos cinco períodos realizados, apenas 11 alunos receberam a certificação como técnico para inserção no mercado de trabalho, após a superação de desafios no acesso, na permanência, na realização do estágio e na apresentação do seminário.

Texto completo:

PDF

Referências


BENFATTI, Xênia Diógenes. Avaliação diagnóstica: como e quando realizá-la no programa de Alfabetização Solidária. In: CONGRESSO INTERNACIONAL DE ALFABETIZAÇÃO, [2004?]. Trabalhos apresentados... Fortaleza, CE, [2004?].

BERGER FILHO, Ruy Leite. Educação profissional no Brasil: novos rumos / OEI: 50 anos de cooperação. Revista Ibero Americana, [S. l.], n. 20, maio/ago.1999. BRASIL. Catálogo nacional dos cursos técnicos 2008. Arquivos, Brasília, DF, 2008. Disponível em: . Acesso em: set. 2010.

______. Decreto nº. 2.208, de17 de abril de 1997. Regulamenta o § 2º do art. 36 e os arts. 39 a 41 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 18 abr.1997.

______. Decreto nº 5. 154, de 23 de julho de 2004. Regulamenta o § 2º do art. 36 e os arts. 39 a 41 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 24 jul. 2004.

______. Lei nº 4.024, de 20 de dezembro de 1961. Fixa as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 23 dez. 1961.

______. Lei nº 5.692, de 11 de agosto de 1971. Fixa as diretrizes e bases para o ensino de 1º e 2º graus. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 27 dez. 1971. Retificada em D. O. U. de 28 dez.1971, p. 63-77.

______. Lei nº. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 23 dez. 1996. Seção 1, p. 27.833.

______. Lei nº. 11.741, de 16 de julho de 2008. Altera dispositivos da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para redimensionar, institucionalizar e integrar as ações da educação profissional técnica de nível médio, da educação de jovens e adultos e da educação profissional e tecnológica. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 17 jul. 2008.

______. Lei nº. 11892, de 29 de dezembro de 2008. Cria Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ). Diário Oficial da União, Brasília, DF, 30 dez. 2008.

______. Ministério da Educação e Cultura. Ensino de 1º e 2º graus: atualização e expansão. Rio de Janeiro: Setor de Artes Gráficas, CEFET-RJ, 1970.

______. Ministério do Trabalho e Emprego. Plano Nacional de Formação Profissional (1995-2002). Brasília, DF, 2002. Disponível em: . Acesso em: 20 de agosto 2009.

BRASIL. Parecer CNE/CEB nº16, de 5 de outubro de 1999. Arquivos, Brasília, DF, 1999. Disponível em: . Acesso em: 11 jan. 2011.

CASTRO, Cláudio de Moura; MEDICI, André; TEJADA, Jorge. O ensino profissionalizante sai do estado de coma. São Paulo, 2000. Disponível em: . Acesso em: 17 set. 2010.

CEFET QUÍMICA. Edital nº 21/ 2004. Nilópolis, RJ, 2004.

______. Manual do candidato: educação profissional técnica de nível médio: concomitante/subsequente ao ensino médio: processo seletivo 2007. Nilópolis, RJ, [2006].

______. Matriz Curricular do Curso Técnico em Química concomitante/subsequente ao ensino médio – 2008: anexo à Resolução CD nº. 21, de 19 de setembro de 2008. Rio de Janeiro, 2008. Disponível em: . Acesso em: dez. 2010.

______. Regulamento da Educação Profissional Técnica de Nível médio: anexo à Portaria 092, de 31 de outubro de 2007. Rio de Janeiro, 2007.

CHRISPINO, Álvaro; DUSI, Miriam Lucia Herrera Masotti. Uma proposta de modelagem de política pública para a redução da violência escolar e promoção da Cultura de Paz. Ensaio: avaliação e políticas públicas em educação, Rio de Janeiro, v.16, n. 61, p. 598-624, out. /dez. 2008.

DIAS SOBRINHO, José. Avaliação. São Paulo: Cortez, 2003.

ESTÊVÃO, Carlos Vilar. Educação, conflito e convivência democrática. Ensaio: avaliação e políticas públicas em educação, Rio de Janeiro, v. 16, n. 61, p. 509, out./ dez. 2008.

FRIGOTTO, Gaudêncio. A relação da educação profissional e tecnológica com a universalização da educação básica. In: MOLL, Jacquelline et al. Educação Profissional e tecnológica no Brasil contemporâneo: desafios, tensões e possibilidades. Porto Alegre, Artmed, 2010.

GOMES, Candido Alberto et al. Educação e trabalho: representações de professores e alunos do ensino médio. Ensaio: avaliação e políticas públicas em educação, Rio de Janeiro, v.14, n. 50, jan./mar. 2006.

______. Ensino médio obrigatório: que impactos? Estudos em Avaliação Educacional, São Paulo, v. 21, n. 46, p. 335-338, mai./ago. 2010.

GOMES, Carlos Alberto. A escola de qualidade para todos: abrindo as camadas da Cebola. Ensaio: avaliação e políticas públicas em educação, Rio de Janeiro, v. 17, n. 63, p. 235-236. abr./jun. 2009.

GOMES, Carlos Alberto. Poder, autoridade e liderança institucional na escola na sala de aula: perspectivas sociológicas clássicas. Ensaio: avaliação e políticas públicas em educação, Rio de Janeiro, v. 13, n. 48, p. 282-288, jul./set. 2005.

IBGE. Educação e trabalho. Rio de Janeiro, 2008. Disponível em: . Acesso em: 3 set. 2010.

HENRIQUES, Francelino Alves. O aprendizado após a juventude: discutindo o conceito de adulto e as tendências pedagógicas modernas. Revista FACEVV, Vila Velha, ES, n. 2, p. 16-21, 1º Sem. 2009.

KUENZER, Acacia Zeneida. O Ensino Médio agora é para a vida: entre o pretendido, o dito e o feito. Educação e Sociedade, Campinas, SP, v. 21, n. 70, abr. 2000.

______. As políticas de educação profissional uma reflexão necessária. In: MOLL, Jacquelline et al. Educação Profissional e tecnológica no Brasil contemporâneo: desafios, tensões e possibilidades. Porto Alegre, Artmed, 2010.

LIBANIO, José Carlos. A didática e a aprendizagem do pensar e do aprender: a teoria histórico-cultural da atividade e a contribuição de Vasili Davydov. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, n. 27, p. 5-24, 2004.

MACHADO, Lucília. Ensino médio e educação In: MOLL, Jacqueline et al. Educação profissional e tecnológica no Brasil contemporâneo: desafios, tensões e possibilidades. Porto Alegre: Artmed, 2010.

MAIA, Miguel Jorge Machado Simões. Qualidade de serviços desportivos: validação e desenvolvimento de uma escala de qualidade para serviços de desportivos de aventura. 2007. 199 f. Mestrado (Ciência do Desporto) – Faculdade de Desporto, Universidade do Porto, Porto, PT, 2007.

MOURA, Dante Henrique. Ensino médio e educação profissional. In: MOLL, Jacqueline et al. Educação profissional e tecnológica no Brasil contemporâneo: desafios, tensões e possibilidades. Porto Alegre: Artmed, 2010.

PACHECO, Eliezer. Informativo nº 01 do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, 2009. Disponível em: . Acesso em: 15 set. 2010.

PARANÁ. Políticas e diretrizes para a educação profissional no Paraná. Secretaria de Estado da Educação. Paraná, 2005.

PEREIRA, Potyara Amazoneida Pereira. Mudanças estruturais, política social e papel da família: crítica ao pluralismo de bem-estar. In: SALES, Mione Apolinário; MATOS, Maurílio Castro de; LEAL, Maria Cristina (Org.). Política social, família e juventude: uma questão de direitos. São Paulo: Cortez, 2008.

PERRENOUD, Philippe. Dez competências para ensinar. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000.

PERRENOUD, Philippe. Formação continua e obrigatoriedade de competências na profissão de professor. Ideias, São Paulo, n. 30, p. 205-248, 1998.

______. A qualidade de uma formação profissional é executada primeiramente em sua concepção. Brasília, DF: MEC, SEMTEC, 1997. Texto de uma intervenção no Encontro dos profissionais da saúde.

RODRIGUES, Liliana, Ensino secundário: entre o ensino liceal e o ensino profissional: as pressões académicas e vocacionais no ensino secundário. Brasília, DF, 2009. Mimeografado.

RAMOS, Marise. Ensino médio integrado ciência, trabalho e cultura na relação entre educação profissional e educação básica. In: MOLL, Jacquelline et al. Educação profissional e tecnológica no Brasil contemporâneo: desafios, tensões e possibilidades. Porto Alegre: Artmed, 2010.

SOARES, José Francisco. O efeito da escola no desempenho cognitivo de seus alunos. In: MELLO E SOUZA, Alberto de. (Org.). Dimensões da avaliação educacional. Petrópolis, RJ: Vozes, 2005.

SOUZA, Ana Cláudia Ribeiro de. As escolas de aprendizes artífices e a legislação federal durante a República Velha. CONNEPI, Manaus, 2010. Disponível em: . Acesso em: dez. 2010.

SOUZA, Donaldo Bello de; RAMOS, Marise Nogueira; DELUIZ, Neise. Cobertura municipal da educação profissional via regime de colaboração: uma prática possível? Ensaio: avaliação e políticas públicas em educação, Rio de Janeiro, jan./mar. 2007.

TEIXEIRA, Anísio. Educação não é privilégio. Rio de Janeiro. Ed. UFRJ, 2007.

______. Ensino superior do Brasil. Rio de Janeiro. Ed. UFRJ, 2005. STAKEHOLDERS. [S. l.], 2010. Disponível em: . Acesso em: dez. 2010.

VAN AGTMAELEM, Antoine. Entrevista. Época Negócios, São Paulo, p. 36, jun. 2009.




DOI: http://dx.doi.org/10.22347/2175-2753v0i0.4508



Direitos autorais 2023 Fundação Cesgranrio

Licença Creative Commons
Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.

Principios Norteadores para o Avaliador

Guiding Principles for Evaluators American Evaluation Association (AEA)

Com o proposito de guiar o trabalho dos profissionais de avaliação e assegurar a etica de sua atuacao, a American Evaluation Association (AEA) - Associacao Profissional de Avaliadores - estabeleceu cinco principios norteadores aqui resumidos:

1.  Indagacao Sistematica, no que se refere à capacidade de coletar dados utilizando tecnicas apropriadas e comunicando metodos e abordagens com a devida transparencia para permitir acesso e critica.

2.  Competencia, no que se refere a demonstrar atuacao competente perante os envolvidos no processo avaliativo e desenvolver continuamente sua capacidade para alcancar o mais alto nivel de desempenho possivel.

3.  Integridade/Honestidade, no que se refere a assegurar honestidade e integridade ao longo de todo o processo avaliativo, negociando com os envolvidos e interessados na avaliação e buscando esclarecer e orientar procedimentos que venham provocar distorcoes ou indevidas utilizacoes.

4.  Respeito pelas pessoas, no que se refere ao respeito pela seguranca, dignidade e auto-valorizacao dos envolvidos no processo avaliativo, atuando sempre com etica profissional, evitando riscos e prejuizos que possam afetar os participantes para assegurar, o melhor possivel, o respeito às diferencas e o direito social de retorno dos resultados, aos envolvidos.

5.  Responsabilidade pelo bem estar geral e público, no que se refere a levar em consideracao a diversidade de interesses e valores que possam estar relacionados ao público em geral,buscando responder nao somente às expectativas mais imediatas, mas tambem às implicacoes e repercussoes mais amplas e, nesse sentido, disseminar a informacao sempre que necessario.

Indexado em:

  1. Miguilim - Diretório das revistas científicas eletrônicas brasileiras

  2. DOAJ - Directory of Open Access Journals

  3. EBSCO - Information Services

  4. Edubase

  5. Google Scholar

  6. Latindex - Sistema regional de información en línea para revistas científicas de América Latina, el Caribe, España y Portugal

  7. LivRe! - Portal do CNEN - Comissão Nacional de Energia Nuclear do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação

  8. OEI - Organizacion de Estados Iberoamericanos (Madri, Espanha, CREDI)

  9. RCAAP - Repositorio Cientifico de Acesso Aberto de Portugal

  10. REDIB - Red Iberoamericana de Innovación y Conocimiento Científico

  11. Scopus - A maior base de dados de abstracts e citacao de literatura revisada por pares:periodicos cientificos, livros e anais

 

Scimago

SJR : Scientific Journal Rankings

SCImago Journal & Country Rank
  
  

Meta: Aval., Rio de Janeiro, ISSN 2175-2753.