Habitus, Capitais e Praticas de Estudantes de Ensino Superior: uma relação inquietante e esquecida pelas instituicoes de ensino

Lindomar Pinto Silva, Luciana Costa Freitas Dias, Miguel Angel Rivera Castro, Janayna Souza Silva

Resumo


Este artigo avalia, na percepcao dos alunos de Instituicoes de Ensino Superior(IESs) do curso de Administração de uma regiao no estado da Bahia, os fatores que explicam suas escolhas e práticas ao longo de sua jornada academica. Para a compreensao deste fenômeno, foram utilizados os conceitos de habitus e capital (BOURDIEU 1983) e teoria institucional (MEYER e ROWAN, 1991). A partir de questionarios aplicados em 6 IESs, no periodo entre fevereiro e junho de 2014, foram obtidas 527 respostas de alunos do primeiro ao oitavo semestre. Os dados foram analisados a partir de analise fatorial e regressao múltipla. Os resultados indicam que fatores como docentes, familia, capital social e as práticas da IES sao correlacionadas com as escolhas e práticas dos alunos durante o curso, especialmente o seu grau de envolvimento com os estudos, o que pode afetar suas chances de insercao profissional no futuro.

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DOI: http://dx.doi.org/10.22347/2175-2753v7i20.253



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Principios Norteadores para o Avaliador

Guiding Principles for Evaluators American Evaluation Association (AEA)

Com o proposito de guiar o trabalho dos profissionais de avaliação e assegurar a etica de sua atuacao, a American Evaluation Association (AEA) - Associacao Profissional de Avaliadores - estabeleceu cinco principios norteadores aqui resumidos:

1.  Indagacao Sistematica, no que se refere à capacidade de coletar dados utilizando tecnicas apropriadas e comunicando metodos e abordagens com a devida transparencia para permitir acesso e critica.

2.  Competencia, no que se refere a demonstrar atuacao competente perante os envolvidos no processo avaliativo e desenvolver continuamente sua capacidade para alcancar o mais alto nivel de desempenho possivel.

3.  Integridade/Honestidade, no que se refere a assegurar honestidade e integridade ao longo de todo o processo avaliativo, negociando com os envolvidos e interessados na avaliação e buscando esclarecer e orientar procedimentos que venham provocar distorcoes ou indevidas utilizacoes.

4.  Respeito pelas pessoas, no que se refere ao respeito pela seguranca, dignidade e auto-valorizacao dos envolvidos no processo avaliativo, atuando sempre com etica profissional, evitando riscos e prejuizos que possam afetar os participantes para assegurar, o melhor possivel, o respeito às diferencas e o direito social de retorno dos resultados, aos envolvidos.

5.  Responsabilidade pelo bem estar geral e público, no que se refere a levar em consideracao a diversidade de interesses e valores que possam estar relacionados ao público em geral,buscando responder nao somente às expectativas mais imediatas, mas tambem às implicacoes e repercussoes mais amplas e, nesse sentido, disseminar a informacao sempre que necessario.

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