Padronização da Correcao de Questoes Dissertativas para Professores de Saúde Coletiva do Curso de Medicina em uma Instituicao de Ensino Superior do Oeste do Parana

Alana Schirmer Caporal, Maria Rosa Machado Prado, Ivair Rogerio Bini, Christian Boller

Resumo


Este trabalho refere-se ao uso de questoes dissertativas como metodo de avaliação, e como sua correcao pode variar entre diferentes avaliadores, resultando em discrepâncias de conceitos. Para evitar tal problematica, e possivel utilizar ferramentas de padronização de correcao, como o rubric. Assim, esse estudo objetivou averiguar se, com o uso da rubrica, a correcao se torna mais clara e homogenea. Para tanto, selecionou-se dez professores de saúde coletiva de uma IES do Oeste do Parana para que realizassem a correcao de uma prova dissertativa aplicada a 33 academicos de medicina. Metade desses professores realizou a correcao pelo metodo tradicional, enquanto os demais corrigiram utilizando o rubric. Apos analise estatistica de comparação, evidenciou-se que a variabilidade das medias pela correcao tradicional foi maior. Nas primeiras questoes as notas sao mais dispares e nas últimas a discrepância diminui, indicando que, com o metodo tradicional, os professores tendem a alterar o rigor no final da correcao. Dessa forma, as rubricas podem tornar o processo de correcao mais preciso e transparente, favorecendo o feedback entre professores e academicos.


Texto completo:

PDF

Referências


BIAGIOTTI, L. C. M. Conhecendo e aplicando rubricas em avaliaes. Rio de Janeiro: Diretoria de Ensino da Marinha, 2005.

BLOOM, B.; HASTINGS, J. T.; MADAUS, G. Evaluacin del aprendizaje. Buenos Aires: Troquel, 1975.

BORBA, A. M. de; FERRI, C.; HOSTINS, R.C.L. Avaliao da aprendizagem no ensino superior: questes que emergem da prtica docente. Revista Contrapontos, Itaja, SC, v. 7, n. 1, p. 43-54, maro, 2007.

BROOKHART, S. The Art and Science of Classroom Assessment. The Missing Part of Pedagogy. ASHE-ERIC Higher Education Report, Trenton, NJ, v. 27, n. 1, p. 112-128, janeiro, 1999.

CHARNEY, D. The validity of using holistic scoring to evaluate writing. a critical overview. Resarch on the Teaching of English, Urbana, IL, v. n. 18, p. 65-81, 1984.

COELHO, L.; PISONI, S. Vygotsky: sua teoria e a influncia na educao. Revista e-Ped, Osrio, RS, v. 2, n. 1, p. 144152, agosto, 2012.

CRUZ, N. K. S.; NUNES, L. C. Delineando rubricas para uma avaliao mediadora da aprendizagem em educao online. Abed, 2009. Disponvel em: http://www.abed.org.br/congresso2009/CD/trabalhos/1452009214144.pdf. Acesso em: 02 maio 2017.

DUARTE, P. et al. Avaliao para a aprendizagem em educao a distncia: uma reviso integrativa de estudos sobre a utilizao de e-rubricas. TIC e Educao, 2012. Disponvel em: http://ticeduca.ie.ul.pt/atas/pdf/6.pdf. Acesso em: 04 maio 2017.

ERICKSON, L. Stirring the head, heart, and soul: Redefining curriculum and instruction. Thousand Oaks: Corwin Press, 2001.

FELCIO, A. C.; CARIT, E. C.; NETO, J. D. O. Percepo discente quanto utilizao de rubricas para avaliao da aprendizagem. Research Gate, 2013. Disponvel em: https://www.researchgate.net/profile/Jose_Oliveira_Neto/publication/260061194_Percepcao_Discente_Quanto_a_Utilizacao_de_Rubricas_para_Avaliacao_da_Aprendizagem/links/5697dc1f08aea2d74375cc54/Percepcao-Discente-Quanto-a-Utilizacao-de-Rubricas-para-Avaliacao-da-Aprendizagem.pdf. Acesso em: 02 abr. 2017.

FERREIRA SOBRINHO, J. W. Metodologia do ensino jurdico e avaliao em Direito. Porto Alegre: Srgio Antonio Fabris Editor, 1997.

GATICA-LARA, F.; URIBARREN-BERRUETA, T. del N.J. Cmo elaborar una rbrica? Investigacion en Educacion Medica, Cidade do Mxico, DF, v. 2, n. 1, p. 61-65, janeiro-maro, 2013.

HUOT, B. Validating holistic scoring for writing assessment: theoretical and empirical foundations. Cresskill: Hampton, 1993.

JCOME, E. P. La rbrica y la justicia em la evaluacin. kala, revista de lenguage y cultura, Medelln, AT, v. 18, n. 3, p. 79-94, setembro-dezembro, 2013.

LANDIS, J. R.; KOCH, G. The measurement of observer agreement for categorical data. Biometrics, Woods Hole, US, v. 33, n. 1, p. 159-174, maro 1977.

MENDES, E. A. de M. Avaliao da produo textual nos vestibulares e outros concursos: a questo da subjetividade. Avaliao, Sorocaba, SP, v. 18, n. 2, p. 435-458, julho 2012.

MIRAS, M.; SOL, I. A Evoluo da Aprendizagem e a Evoluo do Processo de Ensino e Aprendizagem. In: COLL, C.; PALACIOS, J.; MARCHESI, A. Desenvolvimento psicolgico e educao: psicologia da educao. Porto Alegre: Artes Mdicas, 1996, p. 12-35.

MONTEIRO, F. de H. Controle jurisdicional da correo de prova subjetiva nos concursos pblicos. Frum Administrativo, Belo Horizonte, MG, v. 14, n. 164, p. 37-44, outubro, 2014.

MOREIRA, D. A. Fatores influentes na avaliao do professor pelo aluno: uma reviso. Educao e Seleo, Fundao Carlos Chagas, So Paulo, SP, v. 17, p. 73-87, janeiro, 2013.

OLIVEIRA, G. P. Avaliao formativa nos cursos superiores: verificaes qualitativas no processo de ensino-aprendizagem e a autonomia dos educandos. OE Revista Iberoamericana de Estudos em Educao, So Paulo, SP, v. 07, n. 1, p. 4-10, maro, 2002.

OLIVEIRA, K. L.; SANTOS, A. A. A. dos. Compreenso em Leitura e Avaliao da Aprendizagem em Universitrios. Psicologia Reflexo Crtica [online], v. 18, n. 1, p. 118-124, 2005. Disponvel em: http://www.scielo.br/pdf/prc/v18n1/24825.pdf. Acesso em: 12 abr. 2017.

PACHECO, J. A avaliao da aprendizagem. In: ALMEIDA, L.; TAVARES, J. (Orgs.). Conhecer, aprender e avaliar. Porto: Porto Editora, 1998, p. 111-132.

RAPOSO, M.; MARTNEZ, E. La Rbrica en la Enseanza Universitaria: Un Recurso Para la Tutora de Grupos de Estudiantes. Formacin universitria, Cidade do Mxico, DF, v. 4, n. 4, p. 19-28, maio, 2011.

STACH, S. C. The component parts of general impressions: predicting holistic Scores in College level essays. 1987. 127 p. Dissertao (Mestrado) - University Microfilms International, Arbor, 1987.

STEIN, L. M. et al. A construo de um instrumento de avaliao discente de um programa de ps-graduao. Psicologia USF, Itatiba, v. 10, n. 02, p. 141-147, julho-dezembro, 2005.

VYGOTSKI, L. S. A formao social da mente. So Paulo: Martins Fontes, 1984.

WOLLCOTT, W. An overview of writing assessment. Urbana: National Council of Teachers of English, 1998.

ZEFERINO, A. M. B.; PASSERI, S. M. R. R. Avaliao da aprendizagem do estudante. Cadernos Abem, Goinia, GO, v. 3, n. 1, p. 39-43, outubro, 2007.




DOI: http://dx.doi.org/10.22347/2175-2753v10i28.1486



Direitos autorais 2018 Fundação Cesgranrio

Licença Creative Commons
Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.

Principios Norteadores para o Avaliador

Guiding Principles for Evaluators American Evaluation Association (AEA)

Com o proposito de guiar o trabalho dos profissionais de avaliação e assegurar a etica de sua atuacao, a American Evaluation Association (AEA) - Associacao Profissional de Avaliadores - estabeleceu cinco principios norteadores aqui resumidos:

1.  Indagacao Sistematica, no que se refere à capacidade de coletar dados utilizando tecnicas apropriadas e comunicando metodos e abordagens com a devida transparencia para permitir acesso e critica.

2.  Competencia, no que se refere a demonstrar atuacao competente perante os envolvidos no processo avaliativo e desenvolver continuamente sua capacidade para alcancar o mais alto nivel de desempenho possivel.

3.  Integridade/Honestidade, no que se refere a assegurar honestidade e integridade ao longo de todo o processo avaliativo, negociando com os envolvidos e interessados na avaliação e buscando esclarecer e orientar procedimentos que venham provocar distorcoes ou indevidas utilizacoes.

4.  Respeito pelas pessoas, no que se refere ao respeito pela seguranca, dignidade e auto-valorizacao dos envolvidos no processo avaliativo, atuando sempre com etica profissional, evitando riscos e prejuizos que possam afetar os participantes para assegurar, o melhor possivel, o respeito às diferencas e o direito social de retorno dos resultados, aos envolvidos.

5.  Responsabilidade pelo bem estar geral e público, no que se refere a levar em consideracao a diversidade de interesses e valores que possam estar relacionados ao público em geral,buscando responder nao somente às expectativas mais imediatas, mas tambem às implicacoes e repercussoes mais amplas e, nesse sentido, disseminar a informacao sempre que necessario.

Indexado em:

  1. Miguilim - Diretório das revistas científicas eletrônicas brasileiras

  2. DOAJ - Directory of Open Access Journals

  3. EBSCO - Information Services

  4. Edubase

  5. Google Scholar

  6. Latindex - Sistema regional de información en línea para revistas científicas de América Latina, el Caribe, España y Portugal

  7. LivRe! - Portal do CNEN - Comissão Nacional de Energia Nuclear do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação

  8. OEI - Organizacion de Estados Iberoamericanos (Madri, Espanha, CREDI)

  9. RCAAP - Repositorio Cientifico de Acesso Aberto de Portugal

  10. REDIB - Red Iberoamericana de Innovación y Conocimiento Científico

  11. Scopus - A maior base de dados de abstracts e citacao de literatura revisada por pares:periodicos cientificos, livros e anais

 

Scimago

SJR : Scientific Journal Rankings

SCImago Journal & Country Rank
  
  

Meta: Aval., Rio de Janeiro, ISSN 2175-2753.