Literacia Historica e Ensino Medio: avaliando a consciencia historica pelo ENEM

Paulo Raphael Feldhues

Resumo


A ideia de uma literacia historica surge nos anos 80, associada à nocao de consciencia historica, e requer uma compreensao do carater particular da epistemologia desta ciencia e de sua cognicao. Defende-se neste artigo que literacia historica e objetivo a ser almejado ainda na Educação Basica e, portanto, criterio para conclusao do Ensino Medio. Propoe-se um metodo hipotetico-dedutivo para elaboração de avaliações de larga escala, onde questoes de múltipla escolha tenham carater qualitativo a partir do criterio de desenvolvimento de alguma tipologia de consciencia historica. Conclui-se que no ENEM de 2016 apenas 37,5% das questoes de Historia mobilizaram algum tipo de consciencia historica pelo respondente, sugerindo descompasso entre a pratica das politicas públicas educacionais voltadas ao Ensino Medio e a teoria das pesquisas recentes em ensino de Historia.

Palavras-chave: ensino de historia; literacia historica; consciencia historica; ENEM.


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DOI: http://dx.doi.org/10.22347/2175-2753v9i27.1400



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Principios Norteadores para o Avaliador

Guiding Principles for Evaluators American Evaluation Association (AEA)

Com o proposito de guiar o trabalho dos profissionais de avaliação e assegurar a etica de sua atuacao, a American Evaluation Association (AEA) - Associacao Profissional de Avaliadores - estabeleceu cinco principios norteadores aqui resumidos:

1.  Indagacao Sistematica, no que se refere à capacidade de coletar dados utilizando tecnicas apropriadas e comunicando metodos e abordagens com a devida transparencia para permitir acesso e critica.

2.  Competencia, no que se refere a demonstrar atuacao competente perante os envolvidos no processo avaliativo e desenvolver continuamente sua capacidade para alcancar o mais alto nivel de desempenho possivel.

3.  Integridade/Honestidade, no que se refere a assegurar honestidade e integridade ao longo de todo o processo avaliativo, negociando com os envolvidos e interessados na avaliação e buscando esclarecer e orientar procedimentos que venham provocar distorcoes ou indevidas utilizacoes.

4.  Respeito pelas pessoas, no que se refere ao respeito pela seguranca, dignidade e auto-valorizacao dos envolvidos no processo avaliativo, atuando sempre com etica profissional, evitando riscos e prejuizos que possam afetar os participantes para assegurar, o melhor possivel, o respeito às diferencas e o direito social de retorno dos resultados, aos envolvidos.

5.  Responsabilidade pelo bem estar geral e público, no que se refere a levar em consideracao a diversidade de interesses e valores que possam estar relacionados ao público em geral,buscando responder nao somente às expectativas mais imediatas, mas tambem às implicacoes e repercussoes mais amplas e, nesse sentido, disseminar a informacao sempre que necessario.

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