Construção e validação de instrumento de avaliação de mídias e tecnologias digitais para cursos a distância

Flavia Giffoni de Abreu dos Santos, Lúcia Regina Goulart Vilarinho

Resumo


Este estudo teve por objetivo construir e validar um instrumento de avaliação de mídias e tecnologias digitais para cursos a distância, com a finalidade de auxiliar designers instrucionais, professores conteudistas, gestores e profissionais responsáveis pela tomada de decisão na seleção de mídias e tecnologias digitais para cursos a distância. O referido instrumento foi elaborado com base na revisão da literatura específica dos temas de educação a distância, tecnologias da informação e comunicação e avaliação, que resultou nas cinco categorias avaliativas, a saber: público-alvo, pedagógica, demanda de recursos humanos, recursos tecnológicos e infraestrutura, subdividida em indicadores específicos. A abordagem avaliativa utilizada neste estudo foi a avaliação centrada nos especialistas, uma vez que os respondentes, tanto da validação quanto da avaliação do instrumento, são especialistas e possuem significativa experiência profissional na área. A primeira validação foi realizada por três professoras doutoras, sendo uma delas especialista em avaliação, abrangendo a validação do quadro de critérios, das categorias, dos indicadores e dos itens da lista de verificação, assim como sua versão preliminar. Após essa validação, o instrumento foi reformulado considerando os apontamentos dos especialistas e, em seguida, submetido à avaliação de 37 respondentes, sendo: 18 designers instrucionais, 5 docentes/conteudistas de educação a distância e 14 gestores/coordenadores de educação a distância. A avaliação revelou a adequação do instrumento e sua contribuição para os profissionais responsáveis pela seleção das mídias e tecnologias digitais para cursos a distância. As observações e sugestões pertinentes, apresentadas pelos avaliadores, foram incorporadas ao instrumento, visando o seu aprimoramento. Como resultado final, infere-se a sua utilidade e relevância para os profissionais interessados em realizar escolhas mais assertivas para seus cursos.

Texto completo:

PDF

Referências


ABED. Associação Brasileira de Educação a Distância. Censo EAD.BR: relatório analítico da aprendizagem a distância no Brasil 2016. Curitiba: InterSaberes, 2017. Disponível em: . Acesso em: 4 jul. 2018.

ABED. Associação Brasileira de Educação a Distância. Censo EAD.BR: relatório analítico da aprendizagem a distância no Brasil 2017. Curitiba: InterSaberes, 2018. Disponível em: . Acesso em: 6 dez. 2018.

BRASIL. Decreto nº 5.622, de 19 de dezembro de 2005. Regulamenta o art. 80 da lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 20 dez. 2005. Disponível em: . Acesso em: 20 jul. 2018.

BRASIL. Decreto nº 9.057, de 25 de maio de 2017. Regulamenta o art. 80 da lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 25 maio 2017. Disponível em: . Acesso em: 23 ago. 2018.

BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 23 dez. 1996. Disponível em: . Acesso em: 15 jul. 2018.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação a Distância. Referenciais de qualidade para cursos a distância. Brasília, DF, 2003. Disponível em: . Acesso em: 2 ago. 2018.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação a Distância. Referenciais de qualidade para educação superior a distância. Brasília, DF, 2007. Disponível em: . Acesso em: 6 ago. 2018.

CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede. 8. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2005.

CHIANCA, Thomaz; MARINO, Eduardo; SCHIESARI, Laura. Desenvolvendo a cultura de avaliação em organizações da sociedade civil. São Paulo: Global, 2001.

CLEMENTINO, Adriana. Planejamento pedagógico para cursos EAD. In: KENSKI, Vani Moreira (Org.). Design instrucional para cursos on-line. São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2015.

ELLIOT, Ligia Gomes (Org.). Instrumentos de avaliação e pesquisa: caminhos para construção e validação. Rio de Janeiro: WAK Editora, 2012.

ELLIOT, Ligia Gomes; VILARINHO, Lúcia Regina Gourlart (Org.). Construção e validação de instrumentos de avaliação: da teoria à exemplificação prática. São Paulo: Pimenta Cultura, 2018.

FERREIRA, Kátia Vasconcelos. Construção de instrumento para avaliação de cursos de pós-graduação lato sensu a distância na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). 2016. 88 f. Dissertação (Mestrado Profissional em Avaliação) - Fundação Cesgranrio, Rio de Janeiro, 2016. Disponível em: . Acesso em: 16 ago. 2018.

FGV-EBAPE. Razões para a evasão na educação a distância. Rio de Janeiro, 2016. Disponível em: . Acesso em: 08 out. 2018.

FILATRO, Andréa. Design instrucional na prática. São Paulo: Editora Pearson Education do Brasil, 2009.

FILATRO, Andréa; CAIRO, Sabrina. Produção de conteúdos educacionais. São Paulo: Saraiva, 2015.

GOLDENBERG, Mirian. Objetividade, representação e controle de bias na pesquisa qualitativa. In: GOLDENBERG, Mirian. A arte de pesquisar. Rio de Janeiro: Editora Record, 2004. p. 44-52. Disponível em: . Acesso em: 20 ago. 2018.

HOPPEN, Norberto; LAPOINTE, Liette; MOREAU, Eliane. Um guia para a avaliação de artigos de pesquisa em sistemas de informação. REAd: Revista Eletrônica de Administração, Porto Alegre, v. 2, n. 2, edição 3, nov. 1996. Disponível em: . Acesso em: 20 jun. 2019.

INEP. Censo da educação superior 2017. Educação Superior, Brasília, DF, 2018. Disponível em: . Acesso em: 6 dez. 2018.

KENSKI, Vani Moreira. Educação e tecnologias: o novo ritmo da informação. 2. ed. Campinas, SP: Papirus, 2007.

KENSKI, Vani Moreira. Gestão e uso das mídias em projetos de educação a distância. E-Curriculum, São Paulo, v. 1, n. 1, 2005. Disponível em: . Acesso em: 19 set. 2018.

LEITE, Lígia Silva. Lista de verificação. In: ELLIOT, Ligia Gomes (Org.). Instrumentos de avaliação e pesquisa: caminhos para construção e validação. Rio de Janeiro: WAK Editora, 2012.

LEITE, Lígia Silva; AGUIAR, Márcia. Tecnologia educacional: das práticas tecnicistas à cibercultura. In: RAMAL, Andrea; SANTOS, Edméa (Org.). Mídias e tecnologias na educação presencial e a distância. Rio de Janeiro: LTC, 2016.

LÉVY, Pierre. As tecnologias da inteligência: o futuro do pensamento na era da informática. Rio de Janeiro: Editora 34, 1993.

LÉVY, Pierre. Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 1999.

LITTO, Frederic M.; FORMIGA, Marcos. (Org.). Educação a distância: o estado da arte. São Paulo: Pearson, 2009.

PENNA FIRME, Thereza. Avaliação e pesquisa. In: SILVA, Ângela Carrancho da (Org.). Avaliação e pesquisa: conceitos e reflexões. 2. ed. Rio de Janeiro: Multifoco, 2012.

MATTAR, João. Design educacional: educação a distância na prática. São Paulo: Artesanato Educacional, 2014.

MOORE, Michael G.; KEARSLEY, Greg. Educação a distância: sistemas de aprendizagem on-line. 3. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2013.

MORAN, José Manuel. Perspectivas (virtuais) para a educação. Cadernos Adenauer, Rio de Janeiro, v. 6, n. 6, abr. 2004. Disponível em: . Acesso em: 1 set. 2018.

SCRIVEN, Michael. Avaliação: um guia de conceitos. São Paulo: Paz e Terra, 2018.

SILVA, Luciane Pires da; ELLIOT, Lígia Gomes. Instrumento de avaliação de projetos sociais: construção e validação. In: ELLIOT, Ligia Gomes; VILARINHO, Lúcia Regina Gourlart (Org.). Construção e validação de instrumentos de avaliação: da teoria à exemplificação prática. São Paulo: Pimenta Cultura, 2018.

SILVA, Robson Santos da. Gestão de EAD: educação a distância na era digital. São Paulo: Editora Novatec, 2013.

THIOLLENT, Michel. O processo de entrevista. In: THIOLLENT, Michel. Crítica metodológica, investigação social e enquete operária. São Paulo: Polis, 1982. p. 79- 99.

VELHO, Gilberto. Observando o familiar. In: NUNES, Edson (Org.). A aventura sociológica: objetividade, paixão, improviso e método na pesquisa social. Rio de Janeiro: Zahar Ed., 1978. p. 36-46.

WELLER, Wivian; ZARDO, Sinara Pollom. Entrevista narrativa com especialistas: aportes metodológicos e exemplificação. Revista da FAEEBA: Educação e Contemporaneidade, Salvador, v. 22, n. 40, p. 131-143, jul./dez. 2013. Disponível em: . Acesso em: 21 dez. 2018.

WORTHEN, Blaine R.; SANDERS, James R.; FITZPATRICK, Jody L. Avaliação de programas: concepções e práticas. São Paulo: Gente, 2004.




DOI: http://dx.doi.org/10.22347/2175-2753v0i0.4614



Direitos autorais 2023 Fundação Cesgranrio

Licença Creative Commons
Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.

Principios Norteadores para o Avaliador

Guiding Principles for Evaluators American Evaluation Association (AEA)

Com o proposito de guiar o trabalho dos profissionais de avaliação e assegurar a etica de sua atuacao, a American Evaluation Association (AEA) - Associacao Profissional de Avaliadores - estabeleceu cinco principios norteadores aqui resumidos:

1.  Indagacao Sistematica, no que se refere à capacidade de coletar dados utilizando tecnicas apropriadas e comunicando metodos e abordagens com a devida transparencia para permitir acesso e critica.

2.  Competencia, no que se refere a demonstrar atuacao competente perante os envolvidos no processo avaliativo e desenvolver continuamente sua capacidade para alcancar o mais alto nivel de desempenho possivel.

3.  Integridade/Honestidade, no que se refere a assegurar honestidade e integridade ao longo de todo o processo avaliativo, negociando com os envolvidos e interessados na avaliação e buscando esclarecer e orientar procedimentos que venham provocar distorcoes ou indevidas utilizacoes.

4.  Respeito pelas pessoas, no que se refere ao respeito pela seguranca, dignidade e auto-valorizacao dos envolvidos no processo avaliativo, atuando sempre com etica profissional, evitando riscos e prejuizos que possam afetar os participantes para assegurar, o melhor possivel, o respeito às diferencas e o direito social de retorno dos resultados, aos envolvidos.

5.  Responsabilidade pelo bem estar geral e público, no que se refere a levar em consideracao a diversidade de interesses e valores que possam estar relacionados ao público em geral,buscando responder nao somente às expectativas mais imediatas, mas tambem às implicacoes e repercussoes mais amplas e, nesse sentido, disseminar a informacao sempre que necessario.

Indexado em:

  1. Miguilim - Diretório das revistas científicas eletrônicas brasileiras

  2. DOAJ - Directory of Open Access Journals

  3. EBSCO - Information Services

  4. Edubase

  5. Google Scholar

  6. Latindex - Sistema regional de información en línea para revistas científicas de América Latina, el Caribe, España y Portugal

  7. LivRe! - Portal do CNEN - Comissão Nacional de Energia Nuclear do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação

  8. OEI - Organizacion de Estados Iberoamericanos (Madri, Espanha, CREDI)

  9. RCAAP - Repositorio Cientifico de Acesso Aberto de Portugal

  10. REDIB - Red Iberoamericana de Innovación y Conocimiento Científico

  11. Scopus - A maior base de dados de abstracts e citacao de literatura revisada por pares:periodicos cientificos, livros e anais

 

Scimago

SJR : Scientific Journal Rankings

SCImago Journal & Country Rank
  
  

Meta: Aval., Rio de Janeiro, ISSN 2175-2753.