Avaliação dos métodos e instrumentos de pesquisa qualiquantitativa por meio de análise multidimensional da aplicação-piloto

Adriana Vazzoler-Mendonça, Carina Alexandra Rondini, Cristina Costa-Lobo

Resumo


Piloto é um recurso metodológico que possibilita avaliar e aprimorar uma pesquisa antes de sua execução. O objetivo deste artigo é descrever a aplicação piloto de uma pesquisa cujo objetivo geral foi conhecer o perfil de universitários medalhistas de olimpíadas científicas. O piloto testou a aplicabilidade de instrumentos padronizados e a eficácia de instrumentos criados para obter dados da amostra e para conduzir as entrevistas. O método de análise do piloto considerou as dimensões ética, metodológica, operacional, teórica, analítica e representacional do projeto. Os resultados levaram a modificações nos instrumentos autorais e nos procedimentos. Para pesquisas futuras, recomenda-se delinear pilotos com mais participantes, mais de uma aplicação-piloto consecutiva e incluir as percepções do pesquisador.


Texto completo:

PDF

Referências


BATISTA, H. H. V. Estudos psicométricos iniciais da escala de forças de caráter–breve. 2020. 123 p. Tese (Doutorado em Psicologia) – Universidade São Francisco, Campinas, 2020.

BATISTA, H.; NORONHA, A. Forças pessoais/de caráter e autorregulação emocional: associações e evidências de validade. Psicologia, Saúde & Doenças, Lisboa, v. 22, n. 1, p. 37-49, 2021. DOI: http://dx.doi.org/10.15309/21psd220105. Disponível em: https://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1645-00862021000100037?script=sci_arttext&pid=S1645-00862021000100037. Acesso em: 10 dez. 2022.

BORUCHOVITCH, E. Escala de motivação para aprender de universitários (EMA-U): propriedades psicométricas. Aval. psicol., Porto Alegre, v. 7, n. 2, p. 127-134, 2008.

BRASIL. Conselho Nacional de Saúde. Recomendação nº 036, de 11 de maio de 2020. Recomenda a implementação de medidas de distanciamento social mais restritivo (lockdown), nos municípios com ocorrência acelerada de novos casos de COVID-19 e com taxa de ocupação dos serviços atingindo níveis críticos. Brasília: Conselho Nacional de Saúde, 2020.

BRASIL. Conselho Nacional de Saúde. Resolução n° 466, de 12 de dezembro de 2012. Trata de pesquisas em seres humanos e atualiza a resolução 196. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 13 jun. 2012.

BRASIL. Conselho Nacional de Saúde. Resolução nº 510, de 7 de abril de 2016. Normas aplicáveis a pesquisas em Ciências Humanas e Sociais. Diário Oficial da União, 24 maio 2016.

BRASIL. Lei nº 13.709, de 14 de agosto de 2018. Dispõe sobre a proteção de dados pessoais e altera a Lei nº 12.965, de 23 de abril de 2014 (Marco Civil da Internet). Brasília, DF, Diário Oficial da União, 15 ago. 2018.

BRASIL. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 23 dez. 1996.

BRASIL. Ministério da Educação. Lei nº 13.234, de 29 de dezembro de 2015. Altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), para dispor sobre a identificação, o cadastramento e o atendimento, na educação básica e na educação superior, de alunos com altas habilidades ou superdotação. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 30 dez. 2015.

BRASIL. Ministério da Educação. Política nacional de educação especial na perspectiva da educação inclusiva. Brasília, DF: MEC, 2008.

COELHO, F. S.; MAGALHÃES, L. V. No salão do Brega: ensinamentos de um estudo piloto. PragMATIZES: Revista Latino-Americana de Estudos em Cultura, Niterói, v. 12, n. 22, p. 499-519, 2022. DOI: https://doi.org/10.22409/pragmatizes.v12i22.50557. Disponível em: https://periodicos.uff.br/pragmatizes/article/view/50557. Acesso em: 10 dez. 2022.

CRESWELL, J. W. Projeto de pesquisa: métodos qualitativo, quantitativo e misto. 3. ed. Porto Alegre: Penso, 2010.

DIAS, M. V. B.; SILVA, N. R. Proposta de validação de instrumento de pesquisa em educação: o estudo piloto e sua contribuição para a coleta definitiva. InFor: Inov. Form., São Paulo, v. 6, n. 1, p. 212-242, 2020.

GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002.

GOMES, C. A.; SÁ, S. O.; VÁSQUEZ-JUSTO, E.; COSTA-LOBO, C. Education during and after the pandemics. Ensaio: Aval. Pol. Públ. Educ., Rio de Janeiro v. 29, n. 112, p. 574-594, 2021. DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-40362021002903296. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ensaio/a/qKJf3GyW4GFf7dVBRvBhXys#. Acesso em: 10 dez. 2022.

GUAZI, T. S. Diretrizes para o uso de entrevistas semiestruturadas em investigações científicas. Revista Educação, Pesquisa e Inclusão, Boa Vista, v. 2, 2021. DOI: https://doi.org/10.18227/2675-3294repi.v2i0.7131. Disponível em: https://revista.ufrr.br/repi/article/view/e202114. Acesso em: 10 dez. 2022.

MENDEZ, G. P.; MAHLER, C. F.; TAQUETTE, S. R. Investigação qualitativa em período de distanciamento social: o desafio da realização de entrevistas remotas. New Trends in Qualitative Research, Aveiro, Portugal, v. 9, p. 336-343, 2021.

NUNES, E. C. R. Refletir é preciso: procedimentos metodológicos em um estudo piloto com professores em formação na área de alemão como língua estrangeira. Pandaemonium Germanicum, São Paulo, v. 23, n. 40, p. 115-139, 2020. DOI: https://doi.org/10.11606/1982-88372340115. Disponível em: https://www.scielo.br/j/pg/a/53xPxmtc9L8SrNP8WHPYxWP/abstract/?lang=pt#. Acesso em: 10 dez. 2022.

PASQUALI, L. (org.). Teoria e métodos de medida em ciências do comportamento. Brasília: INEP, 1996.

PÉREZ, S. G. P. B.; FREITAS, S. N. Manual de identificação de altas habilidades/superdotação. Guarapuava: Apprehendere, 2016.

QUINAVA, S. C.; FONTOURA JÚNIOR, E. E.; ALVARENGA, M. R. M. Relato de um estudo piloto sobre comunicação em sexualidade com pais de adolescentes com transtorno de espectro autista. Saberes Plurais: Educação na Saúde, Porto Alegre, v. 7, n. 2, 2023. DOI: https://doi.org/10.54909/sp.v7i2.133414. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/saberesplurais/article/view/133414. Acesso em: 10 dez. 2023.

RENZULLI, J. S. O que é esta coisa chamada superdotação e como a desenvolvemos? Uma retrospectiva de vinte e cinco anos. Educação, Porto Alegre, v. 27, n. 1, p. 75-131, 2004.

SANTANA, F. A. L.; OLIVEIRA, T.; MEDEIROS, F. A.; OLIVEIRA, J. M. C.; GRASSI, M. F.; BOLSONI-SILVA, A. T. Estudo piloto do programa promove-universitários em ambiente virtual. Latin American: Journal of Business Management, Taubaté, v. 13, n. 1, 2022.

SILVA FILHO, A. P.; BARBOSA, J. C. O potencial de um estudo piloto na pesquisa qualitativa. Revista Eletrônica de Educação, São Carlos, v. 13, n. 3, p. 1135-1155, 2019.

SILVA, L. S.; OLIVEIRA, G. S.; NEVES, E. H. C. Entrevista na pesquisa em educação de abordagem qualitativa: algumas considerações teóricas e práticas. Revista Prisma, Rio de Janeiro, v. 2, n. 1, p. 110-112, 2021.

VAZZOLER-MENDONÇA, A.; RONDINI, C. A.; COSTA-LOBO, C. Procedimento de avaliação de instrumentos por comitê de juízes especialistas para aprimoramento de coleta de dados. Revista GESTO-Debate, Campo Grande, MS, v. 7, n. 1-30, 2023.




DOI: http://dx.doi.org/10.22347/2175-2753v16i50.4114



Direitos autorais 2024 Fundação Cesgranrio

Licença Creative Commons
Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.

Principios Norteadores para o Avaliador

Guiding Principles for Evaluators American Evaluation Association (AEA)

Com o proposito de guiar o trabalho dos profissionais de avaliação e assegurar a etica de sua atuacao, a American Evaluation Association (AEA) - Associacao Profissional de Avaliadores - estabeleceu cinco principios norteadores aqui resumidos:

1.  Indagacao Sistematica, no que se refere à capacidade de coletar dados utilizando tecnicas apropriadas e comunicando metodos e abordagens com a devida transparencia para permitir acesso e critica.

2.  Competencia, no que se refere a demonstrar atuacao competente perante os envolvidos no processo avaliativo e desenvolver continuamente sua capacidade para alcancar o mais alto nivel de desempenho possivel.

3.  Integridade/Honestidade, no que se refere a assegurar honestidade e integridade ao longo de todo o processo avaliativo, negociando com os envolvidos e interessados na avaliação e buscando esclarecer e orientar procedimentos que venham provocar distorcoes ou indevidas utilizacoes.

4.  Respeito pelas pessoas, no que se refere ao respeito pela seguranca, dignidade e auto-valorizacao dos envolvidos no processo avaliativo, atuando sempre com etica profissional, evitando riscos e prejuizos que possam afetar os participantes para assegurar, o melhor possivel, o respeito às diferencas e o direito social de retorno dos resultados, aos envolvidos.

5.  Responsabilidade pelo bem estar geral e público, no que se refere a levar em consideracao a diversidade de interesses e valores que possam estar relacionados ao público em geral,buscando responder nao somente às expectativas mais imediatas, mas tambem às implicacoes e repercussoes mais amplas e, nesse sentido, disseminar a informacao sempre que necessario.

Indexado em:

  1. Miguilim - Diretório das revistas científicas eletrônicas brasileiras

  2. DOAJ - Directory of Open Access Journals

  3. EBSCO - Information Services

  4. Edubase

  5. Google Scholar

  6. Latindex - Sistema regional de información en línea para revistas científicas de América Latina, el Caribe, España y Portugal

  7. LivRe! - Portal do CNEN - Comissão Nacional de Energia Nuclear do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação

  8. OEI - Organizacion de Estados Iberoamericanos (Madri, Espanha, CREDI)

  9. RCAAP - Repositorio Cientifico de Acesso Aberto de Portugal

  10. REDIB - Red Iberoamericana de Innovación y Conocimiento Científico

  11. Scopus - A maior base de dados de abstracts e citacao de literatura revisada por pares:periodicos cientificos, livros e anais

 

Scimago

SJR : Scientific Journal Rankings

SCImago Journal & Country Rank
  
  

Meta: Aval., Rio de Janeiro, ISSN 2175-2753.