Escolas Multisseriadas: a experiencia internacional e reflexoes para o caso brasileiro

Claudia da Mota Daros Parente

Resumo


O estudo sistematiza pesquisas e experiencias sobre a multisseriação em paises desenvolvidos e em desenvolvimento, por meio de uma revisao da literatura internacional, analisando suas opcoes politico-pedagogicas. Evidencia-se que a multisseriação, no caso brasileiro, e resultado de uma necessidade e nao uma opcao pedagogica. Porem, a multisseriação proveniente de uma necessidade deve avancar para a busca de alternativas pedagogicas. Compreendendo a multidirecionalidade das opcoes politico-pedagogicas em qualquer forma de organização escolar, defendemos que a politica educacional brasileira deve abdicar da simples negação à multisseriação, buscando investigar experiencias e investir na construção de alternativas que garantam o acesso à educação de qualidade a todos

Palavras-chave


Escola Multisseriada; Politica Educacional; Educação do Campo

Referências


AKSOY, N. Multigrade schooling in Turkey: an overview. International Journal of Educational Development, [S.l.], v. 6, n. 28, p. 218-228, 2008.

ARROYO, M. G. Currículo, território em disputa. Petrópolis, RJ: Vozes, 2011.

______. Escola: terra de direitos. In: HAGE, S. M.; ANTUNES-ROCHA, M. I. (Org.) Escola de Direito: reinventando A escola multisseriada. Belo Horizonte: AutAantica, 2010.

ARROYO, M. G; CALDART, R. S.; MOLINA, M. C. (Org.). Por uma educação do campo. Petrópolis, RJ: Vozes, 2009.

BRASIL. Ministério da Educação. Grupo de Trabalho de Educação do Campo. ReferAancias para uma política nacional de educação do campo: Caderno de Subsídios. Brasília, DF: MEC, 2003.

______. Conselho Nacional de Educação. Resolução CNE/CEB nº. 1, de 03 de abril de 2002. Institui Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas Escolas do Campo. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 9 de abril de 2002. Seção 1, p. 32. Disponível em: . Acesso em: 27 jan. 2014.

______. Resolução CNE nº 02, de 28 de abril de 2008. Estabelece as Diretrizes Complementares, Normas e Princípios para o Desenvolvimento de Políticas Públicas de Atendimento da Educação Básica do Campo. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 29 de abril de 2008, Seção 1, p. 81. Disponível em: . Acesso em: 25 jun. 2012.

BROWN, B. A. Teachers’ Accounts of the Usefulness of Multigrade Teaching in Promoting Sustainable Human-Development Related Outcomes in Rural South Africa. Journal of Southern African Studies, [S.l.], v. 36, n. 1, mar. 2010. Disponível em: . Acesso em: 25 jun. 2012.

CARDOSO, M. A.; JACOMELI, M. R. M. Considerações sobre as Escolas Multisseriadas: estado da arte. Revista de Educação Educere, Cascavel/PR, v. 5, n. 9, p. 267-290, jan./jun. 2010.

CARVALHO et al. Educação do Campo no contexto do semiárido: tessitura de um processo. In: HAGE, S. M.; ANTUNES-ROCHA, M. I. (Org.) Escola de Direito: reinventando a escola multisseriada. Belo Horizonte: AutAantica, 2010, p. 285-299.

EVANS, A. Small Rural Schools: a Welsh perspective. In: SIGSWORTH, A.; SOLSTAD, K. J. Small Rural Schools: a small inquiry. Cornwall: Interskola, 2005, p. 6-17. Disponível em: . Acesso em: 25 jun. 2012.

FAGUNDES, J.; MARTINI, A. C. Políticas educacionais: da escola Multisseriada A escola nucleada. Revista Olhar de professor, Ponta Grossa, v. 6, n. 1, p. 99-118, 2003. Disponível em: . Acesso em: 25 jun. 2012.

FA“RUM NACIONAL DE EDUCAÇÃO DO CAMPO. Nota Técnica sobre o Programa Escola Ativa: análise crítica. Disponível em: . Acesso em: 25 jun. 2012.

FREITAS, L. C. Ciclos, seriação e avaliação: confrontos de lógicas. São Paulo: Moderna, 2003.

GORDON, W.; LOKISSO, A.; ALLEN, J. Enhancing the effectiveness of single-teacher schools and multi-grade classes: synthesis of case studies. [S.l]: UNESCO, 1997. Disponível em: . Acesso em: 25 jun. 2012.

HAGE, S. M. (Org.). Educação do Campo na Amazônia: retratos de realidade das escolas multisseriadas do Pará. Belém: Gráfica e Editora Gutemberg Ltda, 2005.

HAGE, S. M; ANTUNES-ROCHA, M. I. (Org.) Escola de Direito: reinventando a escola multisseriada. Belo Horizonte: AutAantica, 2010.

LEMOS, M. M. de. The Effectiveness of Multi-Age Grouping: an Australian study. 2001. Disponível em: . Acesso em: 25 jun. 2012.

LITTLE, A. Learning and teaching in multigrade settings: paper prepared for the UNESCO 2005 EFA Monitoring Report. 2005. Disponível em: . Acesso em: 25 jun. 2012.

______. Multigrade teaching: a review of practice and research. London: Overseas Development Administration, 1995.

MARIANO, L. T.; KIRBY, S. N. Achievement of students in Multigrade Classrooms: evidence from the Los Angeles Unified School District. Santa Monica: Institute of Education Sciences; Rand Education, 2009. Série Working Papers. Disponível em: . Acesso em: 25 jun. 2012.

MASON, D. A.; BURNS, R. H. Simply no worse and simply no better, may simply be wrong: a critique of Veenman’s conclusion about multigrade classes, Review of Educational Research, [S.l], v. 66, n. 3, p. 307–322, 1996. Disponível em: . Acesso em: 25 jun. 2012.

MCEWAN, P. J. Evaluating multigrade school reform in Latin America. Comparative Education, [S.l.], v. 44, n. 4, p. 465–483, nov. 2008. Disponível em: . Acesso em: 25 jun. 2012.

MORAES, E. et al. Transgredindo o paradigma (multis)seriado nas escolas do campo. In: HAGE, S. M.; ANTUNES-ROCHA, M. I. (Org.) Escola de Direito: reinventando a escola multisseriada. Belo.Horizonte: AutAantica, 2010, p. 399-416.

MULKEEN, A. G.; HIGGINS, C. Multigrade Teaching in Sub-Saharan Africa: lessons from Uganda, Senegal, and The Gambia. Washington, D.C.: The World Bank, 2009.

MULRYAN-KYNE, C. Small rural schools: an Irish perspective. In: SIGSWORTH, A.; SOLSTAD, K. J. Small Rural Schools: a small inquiry. Cornwall: Interskola, 2005, p. 24-29. Disponível em: . Acesso em: 25 jun. 2012.

PARENTE, C. da M. D. A construção dos tempos e espaços escolares: possibilidades e alternativas plurais. 2006. 206 f. Tese (Doutorado em Educação) –Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2006. Disponível em: . Acesso em: 25 jun. 2012.

PARENTE, C. da M. D; MARCHELLI, P. S.; SANTANA, S.; O Programa Escola Ativa em Sergipe e o processo de formação dos professores-multiplicadores: contribuições ao (re)conhecimento da realidade da educação no/do campo. In: PARENTE, C. M. D.; PARENTE, J. M. (Org.) Avaliação, Política e Gestão da Educação. São Cristóvão: Editora UFS, 2011, p. 157-178.

PARENTE, C. da M. D; SANTANA, S. Concepções e Práticas Pedagógicas em Escolas Multisseriadas: contribuições de um estudo de caso. In: SEMINARIO NACIONAL DE POLATICA E GESTÃO DA EDUCAÇÃO, 2., 2012, Itabaiana-SE. Anais... Itabaina-SE: Grupo de Pesquisa APOGEU/UFS, 2012.

PRIDMORE, P. Adapting the primary school curriculum for multigrade classes: a 5-step plan and an agenda for action. Journal of Curriculum Studies, [S.l], v. 39, n. 1, p. 559-576, 2007. Disponível em: . Acesso em: 25 jun. 2012.

RULE, T. Rural schools: an English perspective. In: SIGSWORTH, A.; SOLSTAD, K. J. Small Rural Schools: a small inquiry. Cornwall: Interskola, 2005. p. 32-41. Disponível em: . Acesso em: 25 jun. 2012.

SIGAžA“RSSON, R.; JA“NSDA“TTIR, Až. B. Small rural schools: an Icelandic perspective. In: SIGSWORTH, A.; SOLSTAD, K. J. Small Rural Schools: a small inquiry. Cornwall: Interskola, 2005. p. 51-58. Disponível em: . Acesso em: 25 jun. 2012.

SIGSWORTH, A.; SOLSTAD, K. J. Small Rural Schools: a small inquiry. Cornwall: Interskola, 2005. Disponível em: . Acesso em: 25 jun. 2012.

SOLSTAD, K. J. Small rural schools: a Norwegian perspective. In: SIGSWORTH, Alan; SOLSTAD, Karl Jan. Small Rural Schools: a small inquiry. Cornwall: Interskola, 2005. p. 42-50. Disponível em: . Acesso em: 25 jun. 2012.

SA–RLIN, I. Small Rural Schools: a swedish perspective. In: SIGSWORTH, A.; SOLSTAD, K. J. Small Rural Schools: a small inquiry. Cornwall: Interskola, 2005. p. 18-23. Disponível em: . Acesso em: 25 jun. 2012.

SYVA„NIEMI, U. Small Rural Schools: a finnish perspective. In: SIGSWORTH, A.; SOLSTAD, K. J. Small Rural Schools: a small inquiry. Cornwall: Interskola, 2005, p. 30-31. Disponível em: . Acesso em: 25 jun. 2012.

VEENMAN, S. Cognitive and noncognitive effects of multigrade and multiage classes: a best evidence synthesis, Review of Educational Research, [S.l.], v. 65, n. 4, p. 319–381. 1995. Disponível em: . Acesso: 25 jun. 2012.


Apontamentos

  • Não há apontamentos.




Direitos autorais 2016 Revista Ensaio: Avaliação e Politicas Públicas em Educação

Licença Creative Commons
Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.

Apoio:


Programa de Apoio às Publicacoes Cientificas (AED) do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e tecnologico (CNPq), Ministerio da Educação (MEC), Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes)  

Revista chancelada pela Unesco. Revista parceira da Associação Brasileira de Avaliação Educacional (ABAVE)

SCImago Journal & Country Rank